Isto de optar
pela vivência mágica nas ilhas acarreta as suas desvantagens. Os livros, por
exemplo, chegam acompanhados pela demora da novidade. «Bom, esse é um livro
editado este mês. Já o encomendámos à editora, pelo que devemos estar prestes a
recebê-lo», o que na prática significa esperar por ele uns quinze a vinte dias,
pelo menos.
Não refilo,
nem tão-pouco fico chateado. Aprecio muito o esforço que as nossas livrarias
fazem por manter providos os anseios dos seus leitores. À distância de um
telefonema rápido, ‘encomendo-o’ à minha mãe que, por norma, compra um para si,
também, e recebo-o em dois ou três dias.
Com este foi
assim! Queria reencontrar o Nuno Camarneiro, o Gonçalo M. Tavares, o Richard
Zimler… Mas queria, sobretudo, ler sobre o “Jaca”, o personagem que empresta o
nome ao título do conto do ‘nosso’ Joel Neto. Queria saber por que razão havia
“Jaca” de integrar este rol de contos fabulosos, num projeto tão peculiar
quanto este, instigado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Estou feliz
porque não esperei. Em boa hora o ‘encomendei’ à minha mãe. Espero que, como
eu, também ela se tenha arrepiado ao lê-lo!
Telmo R. Nunes
17|outubro|2016
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