A escassas
horas do baixar de cortina desta campanha eleitoral rumo às presidenciais, já não me
restam quaisquer dúvidas sobre qual dos candidatos se encontra em melhor
posição para ocupar o cargo mais alto da hierarquia do Estado: o professor Marcelo
Rebelo de Sousa.
Seria redundante
descrever aqui e agora as excecionais qualidades individuais e políticas, que o
colocam, com toda a naturalidade, muito além de qualquer um dos seus adversários.
Não obstante, reconheço que esta decisão não foi fácil de conquistar…
Com
efeito, assistimos uma campanha paupérrima a todos os níveis. Contaram-se,
desde logo, candidatos a mais e alguns com manifesta incapacidade para tal. Houve,
e exceção feita aos partidos mais à esquerda, um incompreensível e infeliz alheamento
partidário que espero, não se torne recorrente! Houve, ainda, a questão dos debates
em demasia, dos quais não senti que emergisse uma verdadeira discussão de
ideias, que se indicassem soluções, nem tão-pouco que se descrevessem propostas
concretas para o futuro. Em conformidade, a maioria dos candidatos - rendidos
ao que desde há muito parece evidente - optou, em larga medida, por centrar a
sua eloquência nas ‘fragilidades’ de um adversário, em detrimento de um
discurso mais positivo, mais construtivo e, acima de tudo, mobilizador.
Para
além de tudo isto, excetuando uma ou outra tomada de posição (risível, em
alguns casos, e não me refiro às do pretendente de Rans), fiquei com a
impressão de que os dois mais sérios candidatos ao cargo não quiseram defraudar
as expetativas de nenhum dos quadrantes políticos, e optaram, de forma
inglória, pelo discurso ameno, pelo posicionamento ‘assim-assim’, atalhando, irremediavelmente,
as cisões e a disputa ideológica necessárias a qualquer campanha eleitoral. Ao
invés, percebi em ambos um ‘piscar de olhos’, perverso e potencialmente comprometedor,
ao voto de eleitorado que se diz e se quer divergente.
Não
obstante, pelo extraordinário reconhecimento em outras lutas travadas, pela
postura tantas vezes comprovada, pela cátedra que ocupa na vida política
portuguesa e internacional, pelo apurado sentido de Estado e, essencialmente, pela aproximação de ideais,
votarei responsavelmente em Marcelo Rebelo de Sousa.
No
próximo domingo é nosso dever cumprir com este ato de cidadania, e espero que todos
o possam fazer em consciência.
a
22 de janeiro de 2016
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