É consensual, unânime e imperioso perpetuar a obra dos
grandes e idos vultos da Literatura portuguesa, em geral, e açoriana, em particular e, claro está, toda e qualquer
forma digna de o fazer parece-me muito ajustada, afinal, também as
gerações vindouras têm o direito de conhecerem e até o de se reconhecerem nas
linhas escritas pelas mãos dos seus antepassados…
No entanto, e numa perceção minha, nem todas as
homenagens prestadas estarão a ser abnegadas e em prol da imortalização da obra
que aquelas pessoas nos legaram; revolta-me perceber o oportunismo que circunda
estes nomes tão grandes da cultura portuguesa; considero vil a postura de
alguns que veem naqueles uma fonte de rendimento económico ou de elevação
política.
Já o cantava Zeca Afonso:
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
(...)
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
(...)
1 comentário:
era óbvio que isso ia acontecer com as pessoas que estavam envolvidas...o espírito não comercial da AICL não permeia para a sociedade..
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