...e nada mais quero acrescentar!
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
essencial
- O que significa “essencial”?
- “Eis o meu segredo. É muito
simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Foi o
tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante. Tu tornas-te
eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...”
- Então, essencial é a minha rosa?
- A tua rosa cativada. Ama-a,
trata-a, rega-a, mas lembra-te: ela deverá ser única no mundo; cativa-a a cada
dia! Dessa forma sentirão o que, na realidade, é essencial.
As crianças que me perdoem por, deliberadamente, ousar adulterar
um dos mais belos capítulos desse magnífico texto.
sábado, 28 de setembro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
domingo, 22 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
tempo
O
regresso do tempo…
O mesmo
que desgasta, corrói, envelhece e mata, possui também um inegável encanto:
invariavelmente demonstra a verdadeira essência do indivíduo – valoriza-o ou
coloca a nu as suas naturais perfídias que antes, olhos encantados não queriam
ver…
… o tempo…
Plantador de Palavras Vendedor de Lérias

O
título deste escrito é o mesmo de uma das suas obras, ganhadora, aliás, do 1º
Prémio Miguel Torga, em 1984.
Trata-se
de uma composição escrita fabulosa, dotada de um realismo satírico e de uma
comicidade muito pouco frequentes em autores portugueses contemporâneos.
Nostálgico
q.b., Vasco Pereira da Costa relembra e retrata a sua cidade berço de uma forma
peculiar, cómica, satírica e por tantas vezes mordaz – […isto não é a Itália. É a mui nobre leal e sempre constante
cidade de Angra do Heroísmo]. Irónico como só ele próprio o sabe, pinta um
retrato muito pouco ficcionista, permitam-me a opinião, duma gente do seu
passado, de uma sociedade ida, mas por demais marcada na sua adolescência.
Neste
livro o autor não se sente impedido de comunicar directamente com os seus
leitores, dando-lhes explicações adicionais para que a mensagem seja passada na
sua íntegra. Ele fala connosco para que melhor percebamos a sociedade angrense
de outros tempos, desloca-nos o pensamento a anos idos e situa-nos ‘num meio
urbano tão rural’ como qualquer outro hoje em dia. Conduz-nos por uma cidade onde
um governador civil e três governadores
militares; cinquenta e sete prostitutas; dezanove bombeiros voluntários que
voluntariamente vão de borla ao cinema; vinte e cinco meninas que namoram à
janela, e estatísticas de ontem, catorze desfloradas de saguões; (…) três
parvos oficiais (…) quarenta e sete bêbados e oito senhores que andam às vezes
alegrinhos (…) sessenta e nove caloteiros identificados com o indicador da mão
direita (…) coexistem de forma mais ou menos letárgica com figuras como
Dona Carlota, a Irmã do Senhor Almirante.
Possuidor
de uma capacidade de escrita ao alcance de muito poucos, nomeadamente no campo
da lexicologia e da significação, ler Vasco Pereira da Costa revela-se um
exercício moroso, por vezes extenuante, mas sempre efusivo, já que sabemos de
antemão que na “próxima linha” um sorriso maior em nós se desenhará.
Assim é este senhor, assim é este autor, um
verdadeiro ficcionista das nossas realidades.
É imperdoável que não se
lembrem do encontro de Nixon com Pompidou na ilha Terceira – tão importante
como o passo da humanidade do Amstrong ou como os 5-3 à Coreia no Mundial de
66. Decerto que não vos caiu da memória como uma noz podre…
Não
o ler é crime!
Fotografia: @ google
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Heróis à moda dos Açores, mas pouco...

Atendo-me à
coleção, expresso total agrado para com os objetivos preconizados pelo seu
coordenador geral, João Carlos Brito, no jornal Açoriano Oriental [on-line] de 26 de julho
de 2013, onde manifestou intenção de imortalizar “palavras e expressões
típicas dos falantes dos Açores”, assim como “abordar os regionalismos, as
chamadas linguagens marginais, calão, gírias de um determinado grupo de
falantes”. Especulo que um dos traços deste projeto passasse, ainda, pelo
emprego de tais vocábulos e/ou expressões tipicamente açorianos em contos que
versassem feitos de heróis das ilhas.
Para qualquer
amante (não purista) da língua, estes volumes
geográficos serão um verdadeiro gáudio literário. Para além disso, esta vertente
da língua portuguesa, do léxico, em particular, está efetivamente em agoniante
necessidade de preservação logo, todo o apoio que se lhe possa prestar será,
com toda a certeza, bem-vindo.
No entanto, a
literatura (especialmente a apoiada pelas entidades públicas) não pode ser
apenas entretenimento e, finda a leitura de “Heróis à moda dos Açores”, fiquei
com a triste sensação de que para parte dos intervenientes nesta edição açórica,
não passou disso mesmo, tal é a dicotomia que vislumbro em termos de qualidade
textual.
Deceção foi o
sentimento geral experimentado! Malogradas expetativas, momentaneamente
alimentadas aqui e além por quem optou por impor um pouco mais de alma neste,
que tinha muito para ser um grande projeto. Julgo que os Açores mereciam mais e
melhor, e açorianos com a capacidade para o fazerem, também os há! Ou então,
menos e melhor: subtraísse-se à coletânea ‘metade’ dos textos editados e
conseguiríamos ir além do primário, do rudimentar, do mau!
Alguns dos escritos - os bons - são verdadeiros contos.
Composições que cumprem com o desígnio de qualquer texto imerso em literariedade. Estes levaram-me além do
lugar e do tempo em que foram descritos. Compaginando cada ação narrada, vi-me
absorto pelo meio ambiente que eu próprio ia idealizando, recreei cada ação
levada a cabo pelas personagens que eu próprio fui construindo, tal a qualidade
emprestada às descrições, acrescido de momentos hilariantes, mormente criados
pelo léxico empregue. Nestes, para além de entrever os objetivos originais da
coleção, reconheço-lhes qualidade mais do que suficiente para que cumpram o
propósito inicial da compra, para que os possa lecionar aos meus alunos, sem
qualquer receio de os prejudicar nas suas aprendizagens ou no desenvolvimento
de competências, já que reconhecerão, com toda a certeza, parte do seu património
oral, tradicional.
Quanto aos
outros, por certo não serei eu a dá-los a conhecer aos aprendentes que tenho ou
terei pela frente. Não valem a pena, nem cabem nesta coletânea. Não percebo
como aqui chegaram mas não passam de meras frases pautadas com algumas palavras
foneticamente semelhantes “aos dizeres açorianos”. Funde-se o bom e o muito
mau, no que me parece uma paupérrima tentativa de se elevar alguns dos que
moram atrás do texto.
Lamentável!
foto @google
domingo, 15 de setembro de 2013
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
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